quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PERCEPÇÃO INSTANTÂNEA

Meu Deus, a vida muda.
Agora percebo isso.
Todas aquelas brincadeiras de criança,
todo aquelee barulho de alegria,
toda aquela gritaria das brigas (que depois de dois dias é como se nunca tivessse acontecido),
todo aquele medo das histórias de trancoso que a gente contava quando faltava energia,
toda aquela vontade de não ser achado quando brincava de "se esconda",
de não ser pego quando era do "trisca",
de tirar a menina mais bonita quando brincava de cai no poço...

Agora eu vejo, meu Deus, que acabou.
Aquela coisa de quando chegar da escola ir direto pra rua jogar bola, até não sei que hora, dizendo pra mãe "já vou!", mas não parava a brincadeira...
Aquele negócio de juntar os "cabinha" pra fazer campeonato de time de botão, apostando os contos feitos com papel de cigarro...
Aquela coisa de jogar bila na calçada (que nem era calçada) e quem perdesse levava uma cachuleta no braço, hein?

Pois é, caba.
Cabou.
Mas pelo menos eu ainda lembro.
Obrigado por isso, meu Deus.

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