quarta-feira, 21 de outubro de 2015

sempre há tempo

sempre há tempo
para os que querem
para os que sonham
para os que lutam
para os guerreiros
para os que despertam.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Outra vez me vejo sozinho comigo
e nada que eu faça
ou que eu pense
pode ajudar
a sair
daqui.

Penso
que talvez
a única solução
seja eu não esquecer
dos outros à minha volta
e torná-los o motivo real de ser e estar.

Mas eis que surgem a angustiante certeza que me acompanha há tempos:
para qualquer lugar que eu vá
o que não posso deixar acontecer
são os mesmos erros
os mesmos tropeços
as mesmas falhas
desse mesmo eu.

Tempo de seguir novos rumos.

Fragmentos

As luzes se apagam.
O sonho se esvaece entre os dedos, deixando a impressão do não feito.
Arrependimento? Impotência.
Covardia.
Talvez nunca haja outra oportunidade.
Talvez já não exista mais solução.
Imagens, dilemas morais, representações de como as coisas deveriam ser.
Mas não vem sendo já há algum tempo.
É uma luta constante entre o ser e o querer.
Depois de tanto tempo, as dúvidas ainda são as mesmas.
Será que são?
O que existe apenas são fragmentos,
frutos da inoperância,
da fraqueza,
do ostracismo deliberado.

Ainda há outro caminho?