sábado, 2 de outubro de 2010

E no futuro?


Falta pouco. Daqui a algumas horas, milhões de brasileiros de todas as idades e classes socias irão escolher os nossos "representantes" políticos dos próximos 4 anos. Aqueles que desviam do erário público ou os que dizem ter boas intenções, os auto-intitulados "amigos do povo" serão eleitos amanhã. Numa eleição rápida (apenas um minuto e meio para cada eleitor, em média), na qual o resultado ainda sai no mesmo dia, escolheremos os rumos que o Brasil dará nesses anos vindouros. Não importa mas a qualidade desses votos, e sim a quantidade. No entanto, eu pergunto: e no futuro?

Esses dias estava em uma sala do 8° ano revisando conteúdos para uma avaliação que irei aplicar nos próximos dias. De repente, dois alunos começaram a discutir sobre os candidatos a governador do estado. Que fulano de tal é assim, é o melhor, porque o outro tem que voltar, mas porque aquele tem que seguir como está, essas coisas. O assunto rendeu bastante, toda a turma resolveu dar a sua opinião, cada um querendo defender o "seu" candidato. Na tentativa de esclarecer um pouco mais as coisas pedi a palavra na conversa, dando a minha opinião. Uma aula interessante (um pouco barulhenta, é verdade - mas onde política não é assim?), principalmente se considerarmos a idade dos meninos e meninas.

Apesar de tudo isso, uma coisa me chamou a atenção: muitos repetem as ideias dos pais ou são influenciados pelas campanhas mirabolantes apresentadas por esses candidatos. Segundo Vigostky, o primeiro lugar de convivência social que a criança tem é o seu lar, de onde ele tira suas primeiras conclusões sobre como funciona o mundo. Daí a importância da família e da escola em todos os aspectos da formação dos seus pupilos, principalmente a formação moral e política. Por mais que todos os adolescentes achem chatos (como nós em nosso tempo de escola achávamos - e muitos adultos também achem), esse tema tem que ser discutido em sala de aula, pois afinal, eles sofrerão as consequências dessas escolhas que nós, praticantes do "exercício da cidadania" iremos fazer nesse domingo.

Trocando em miúdos: muitos daqui a alguns poucos anos também participarão desse processo. Se serão conscientes do que essas escolhas podem causar, só Deus sabe. Mas podemos insistir neles para que, quem sabe, a resposta seja sim.

De olho no futuro, rapaziada!