sexta-feira, 16 de julho de 2021

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No meio do caminho havia uma pedra. 

Aliás, haviam várias pedras, espinhos e algumas bifurcações.

Pedras e espinhos sempre há, independentemente do caminho a se seguir.

O que mais atormenta o ser humano são as bifurcações.

Elas certamente são o grande desafio do caminhar.

À medida em que nos aproximamos delas, aumenta a dúvida sobre para qual lado devemos rumar nossos passos.

Uma pena não haver árvores frondosas em que possamos nos recostar e simplesmente observar o momento em que a estrada se divide.

As pernas se movem automaticamente, inexoravelmente levadas pelo relógio dos dias que seguem, dando passadas uma após outra, sem cessar, simplesmente cumprindo sua função na estrada:

a de seguir em frente.

Ao encontrar as bifurcações, o que muitas vezes tememos não é o seguir, mas o que poderíamos encontrar se decidido fosse seguir pela outra mão do caminho.

De qualquer modo, a natureza cumprirá seu curso e acabaremos por seguir por uma dessas trilhas.

Inicialmente receosos, seguiremos andando, novamente colhendo flores, encontrando pedras e espinhos até a próxima bifurcação.

Que inevitavelmente surgirá, enquanto estivermos caminhando.

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