segunda-feira, 25 de julho de 2011

A CORUJA





No alto da igreja matriz
Com seus olhos graúdos
A grande coruja branca
Observa tudo.

Na calada da noite
Quando todos pensam
Que não são notados
Ela não deixa escapar ninguém.

Quieta no seu canto
Muda, sem emitir piados
Atentamente vigia
Todos os movimentos noturnos.

Às vezes, quando alça vôo
Em busca de comida
(ou simplesmente a passeio)
Pode ver pelo alto
Todos os pecados
Que todos dizem não ter.

Quando se ouve o pio da coruja
É sinal de mau agouro:
A crença é de que
Alguém vai morrer.

Imagina se a coruja contasse tudo que vê.

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