Sou mais um brasileiro, oriundo de gente simples, criado com dificuldade por mãe solteira e que abraçou (até sabe-se lá quando) essa causa utópica e improvável, considerando toda a existência de vida humana na Terra. Sou um professor.
Mais um que tenta, tenta nas escolas brasileiras matar um leão por dia, no final das contas é devorado por ele.
Aquele que tenta, mesmo que inconscientemente, colocar na cabeça desse povo um pouco do conhecimento que há perambulando por aí, para lembrá-lo de que ele pode contribuir com alguma coisa pra sua vida e a dos outros.
O mesmo professor que não tem mais em conta o sono perdido, mas aos olhos de muitos, é o ''inimigo n°1'' da ignorância ostentada como vantagem pelos sem-noção, por saber da malícia dos que produzem as tendenciosas estórias e Histórias surreais manipuladoras e mantém a impressão de que as coisas vão bem e todos somos felizes.
Mais um que, nos discursos dos coronéis da nação, é a chave-mestra do desenvolvimento, da justiça e da moral, embora a cada dia que passe lhe é condicionado que é prejudicial usar caneta vermelha para chamar a atenção sobre os erros que cada geração comete e as correções necessárias.
E quando humanamente também falha, é apedrejado pelos "justos" por ser exemplo raramente seguido
e plenamente combatidos por eles.
Além disso, ainda é convidado a sorrir para atender interesses que visam simplesmente a manutenção do igualdade aparente entre todas as pessoas.
Como disse um amigo meu, o sistema trabalha em prol de si próprio.