O pequeno Lucas vinha correndo, cheio de perguntas. Queria saber de tudo.
“Mamãe, pra que serve isso?”
“Mamãe, o menino está dirigindo o carro, não é?
A mãe impacientava-se com tantos questionamentos, um atrás do outro. Até ela não sabia mais responder.
“Ah, Lucas! Eu não sei! Vai brincar, vai!”
E Lucas saía correndo. Num momento, estava enfrentando dragões com sua espada. Um instante depois, já estava a caçar dinossauros. Em seguida, ele era um super-herói, que voava em uma espaçonave para outros planetas.
“Fica quieto, menino! Olha a bagunça!”
Lucas nem ligava. A mãe depois arrumava, como sempre.
A hora do jantar era uma guerra.
“Come, menino! Senão esfria!
“Eca! O que é isso? Quero pipoca!”
“Não dou! Você tem que comer tudo. Verduras vão te deixar mais forte.”
Com muito custo, a mãe conseguia fazer com que ele comesse a metade. Normalmente o pai chegava a essa hora. Estava cansado, mas depois de um abraço e um beijo do filho sentia-se bem melhor. Brincavam boa parte da noite, até a hora do noticiário. Embora impaciente, Lucas sentava ao lado dos pais para assistir também. As perguntas ressurgiam:
“Papai, por que aquele homem não parou o carro?”
“Meu filho, papai quer assistir o jornal, tá bom?” insistia o pai.
Logo, Lucas começa a bocejar. O sono chegou. Os pais o levam para a cama e contam historinhas. A preferida dele é “Os três porquinhos”. Após o término, recebe dois beijos no rosto. Então dorme. E no sonho, a brincadeira continua.