domingo, 20 de novembro de 2011

BRINCADEIRA DE CRIANÇA

O pequeno Lucas vinha correndo, cheio de perguntas. Queria saber de tudo.

“Mamãe, pra que serve isso?”
“Mamãe, o menino está dirigindo o carro, não é?

A mãe impacientava-se com tantos questionamentos, um atrás do outro. Até ela não sabia mais responder.

“Ah, Lucas! Eu não sei! Vai brincar, vai!”

E Lucas saía correndo. Num momento, estava enfrentando dragões com sua espada. Um instante depois, já estava a caçar dinossauros. Em seguida, ele era um super-herói, que voava em uma espaçonave para outros planetas.

“Fica quieto, menino! Olha a bagunça!”

Lucas nem ligava. A mãe depois arrumava, como sempre.

A hora do jantar era uma guerra.

“Come, menino! Senão esfria!
“Eca! O que é isso? Quero pipoca!”
“Não dou! Você tem que comer tudo. Verduras vão te deixar mais forte.”

Com muito custo, a mãe conseguia fazer com que ele comesse a metade. Normalmente o pai chegava a essa hora. Estava cansado, mas depois de um abraço e um beijo do filho sentia-se bem melhor. Brincavam boa parte da noite, até a hora do noticiário. Embora impaciente, Lucas sentava ao lado dos pais para assistir também. As perguntas ressurgiam:

“Papai, por que aquele homem não parou o carro?”
“Meu filho, papai quer assistir o jornal, tá bom?” insistia o pai.

Logo, Lucas começa a bocejar. O sono chegou. Os pais o levam para a cama e contam historinhas. A preferida dele é “Os três porquinhos”. Após o término, recebe dois beijos no rosto. Então dorme. E no sonho, a brincadeira continua.